Deixai vir a mim os pequeninos...
Já era tarde, quando olhei para o sofá da sala e vi Alice Maria deitada olhando fixamente para a televisão. Ela estava assistindo a mais um capítulo dos tantos e tantos desenhos que ela gosta. A sua companheira de aventuras cotidianas, Lívia Maria, tinha ido dormir há horas. Então, eu disse à pequena que já era hora dela ir dormir também, pois, de fato, era muito tarde da noite. Alice, fascinada e viajando pelo mundo dos desenhos animados, pediu para assistir mais um pouco, todavia não cedi e, com autoridade de pai, mandei-a para a cama. Contrariada, contudo, muito obediente, Alice Maria tomou o rumo do seu quarto e deitou-se. Em seguida, eu a cobri, dei-lhe um beijo, desejei-lhe boa noite e caminhei poucos passos em direção à porta do quarto, instante em que Alice Maria disse-me: “Papai, faz a oração comigo”. Dando meia-volta, constatei que havia feito tudo, menos orar ou rezar com a pequena. Apesar do cansaço e da tenra idade ─ seis anos ─, Alice Maria sentiu a neces