A vida é trem-bala!

Acreditem ou não: a vida é curta e passa tão rápido que, quando nos damos conta disso, vemos que o tempo passou e não fizemos quase nada do que planejamos. Na fase ativa, trabalhamos aproximadamente durante um terço da nossa existência e, de um modo geral, passamos mais de um quarto da vida literalmente dormindo. Assim, como se percebe, dentro desse trem-bala, nos sobra pouco tempo para a realização e experimentação de outras coisas interessantes. 

 

Chega-se à conclusão, portanto, que não devemos nos apegar demasiadamente a pessoas, coisas, empregos e atividades do cotidiano, pois tudo é passageiro. 

 

Pela própria natureza, o velho acaba sempre dando lugar ao novo e não podemos e nem devemos nos insurgir contra isso.  

 

Nesse descortino, carecemos deixar o velho par de tênis seguir o seu destino, seja nos pés de outra pessoa, seja enfrentando o seu ciclo natural, e calçarmos um outro com qualidades suficientes para enfrentarmos novas caminhadas. 

 

Mas, muito além do velho par de tênis, nesta estação da existência, é imprescindível que deixemos partir os maus hábitos, a sedentariedade, os relacionamentos abusivos, as amizades tóxicas, a falta de empatia, o preconceito, o desrespeito e a falta de amor. 

 

Do mesmo modo, é indispensável compartilhar sorrisos, distribuir abraços, transbordar carinho e bom humor e, na medida das possibilidades, doar o que o outro necessita: um velho par tênis, um agasalho ou um prato de comida, notadamente porque “a vida é trem-bala, parceiro, e a gente é só passageiro prestes a partir (Ana Vilela)”.