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Errar é humano, mas um erro nao justifica outro.

Diz um ditado que “errar é humano, mas permanecer no erro é burrice”. Outro provérbio anuncia que “um erro não justifica outro”. Com efeito, errar é humano, porquanto o erro se apresenta como uma falsa percepção da realidade. Erra a pessoa que pratica um ato, um movimento, uma ação acreditando fielmente que aquilo seja a coisa correta a ser feita. Nas eleições do ano de 2018, 55,13% do eleitorado brasileiro, ou seja, mais de 57 milhões de cidadãos, escolhemos votar em um candidato porque ele mostrou que podia adotar um rumo diferente para a política do país, até então mergulhada no caos da corrupção. O resultado não foi o esperado, mesmo o tema da corrupção não ocupando mais os espaços jornalísticos como se via no governo anterior. O presidente e seu governo não corresponderam aos anseios desse eleitorado e de quem apenas torceu para que o país entrasse no eixo em todos os aspectos. Os brasileiros entraram de mãos dadas com Coronavírus num ma

Deixai vir a mim os pequeninos...

  Já era tarde, quando olhei para o sofá da sala e vi Alice Maria deitada olhando fixamente para a televisão. Ela estava assistindo a mais um capítulo dos tantos e tantos desenhos que ela gosta. A sua companheira de aventuras cotidianas, Lívia Maria, tinha ido dormir há horas. Então, eu disse à pequena que já era hora dela ir dormir também, pois, de fato, era muito tarde da noite. Alice, fascinada e viajando pelo mundo dos desenhos animados, pediu para assistir mais um pouco, todavia não cedi e, com autoridade de pai, mandei-a para a cama. Contrariada, contudo, muito obediente, Alice Maria tomou o rumo do seu quarto e deitou-se. Em seguida, eu a cobri, dei-lhe um beijo, desejei-lhe boa noite e caminhei poucos passos em direção à porta do quarto, instante em que Alice Maria disse-me: “Papai, faz a oração comigo”. Dando meia-volta, constatei que havia feito tudo, menos orar ou rezar com a pequena. Apesar do cansaço e da tenra idade ─ seis anos ─, Alice Maria sentiu a neces

O cão danado.

Há quem diga que os animais sejam irracionais. De fato, o hipopótamo parece mesmo que não usa seus neurônios, pois, após uma boa briga pelo domínio do harém, o vencedor faz cocô no mesmo lugar em que todos eles bebem água e passam a maior parte do tempo.       Com exceção ao hipopótamo, não se vê muito por aí os animais fazendo esse tipo de irracionalidade.       Na quadra onde moro, por exemplo, existe um cachorro que, toda vez que eu passava na rua, ele saía do bar onde ele mantém  boemiamente  residência e ia para a via pública procurar encrenca comigo.       Fazia sol ou chuva, a cena se repetia. Já até passei em frente ao estabelecimento disfarçado ou de bicicleta, mas, o danado do cachorro sempre dava um jeito de me descobrir.       Parecia que a picuinha era só comigo. Não vi aquele animal procurar briga com mais ninguém. Ele me elegeu o seu inimigo público.        Quando não começava latir desde dentro do boteco, o infeliz saía sorrateiramente e se esgueirava na parede do bar p

O fim do concurso público.

Enquanto ouso me aventurar na escrita deste texto, milhares de brasileiros estão sentados em frente de computadores, livros, tablets, smartphones e tudo mais que lhes possa transmitir conhecimento suficiente para o tão sonhado ingresso no serviço público.       Não é fácil ser aprovado em um concurso público, pois a concorrência é elevada e o nível de dificuldade das provas só aumenta.        Paralelamente a isso,  o Governo Federal   resolve u  implementar medidas que apenas diminuem direitos daqueles que fazem a máquina pública funcionar. Hoje, qualquer tipo de “ajuste” no Estado passa necessariamente pelo ataque aos servidores públicos, os quais, inclusive, foram chamados de parasitas pelo atual Ministro da Economia.       Mas,  pelo   que se nota,  não basta a retirada de direitos dos servidores , porquanto tramita no Congresso o Projeto de Emenda Constitucional nº 32/2020, o qual,  se aprovado,  além de afetar negativamente a vida dos atuais servidores, na prática, estabelec erá